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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

CHARGE



CHARGE

Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de umacaricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Muito utilizadas em críticas políticas no Brasil. Apesar de ser confundido com cartoon (ou cartum), que é uma palavra de origem inglesa, é considerado como algo totalmente diferente, pois ao contrário da charge, que sempre é uma crítica contundente, o cartoon retrata situações mais corriqueiras do dia-a-dia da sociedade.
Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social onde o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender uma charge não precisa ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar por dentro do que acontece ao seu redor. A charge tem um alcance maior do que um editorial, por exemplo, por isso a charge, como desenho crítico, é temida pelos poderosos. Não é à toa que quando se estabelece censura em algum país, a charge é o primeiro alvo dos censores.
O termo charge vem do francês charger que significa carga, exagero ou, até mesmo ataque violento (carga de cavalaria). Isto significa aqui uma representação pirctográficade caráter, como diz no primeiro parágrafo, burlesco e de caricaturas. É o cartoon, mas que satiriza um certo fato, como idéia, acontecimento, situação ou pessoa, envolvendo principalmente casos de caráter político que seja de conhecimento do público.
As charges foram criadas no princípio do século XIX (dezenove), por pessoas opostas a governos ou críticos políticos que queriam se expressar de forma jamais apresentada, inusitada. Foram reprimidos por governos (principalmente impérios), porém ganharam grande popularidade com a população, fato que acarretou sua existência até os tempos de hoje-em-dia.
 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Charges
http://fabricarica.2it.com.br/
 
MAIS UMA VISÃO DO ASSUNTO…. 
O que é a charge?
O termo charge é proveniente do francês “charger” (carregar, exagerar). Sendo fundamentalmente uma espécie de crônica humorística, a charge tem o caráter de crítica, provocando o hilário, cujo efeito é conseguido por meio do exagero. Ela se caracteriza por ser um texto visual humorístico e opinativo, que critica um personagem ou fato específico.
Segundo Rabaça e Barbosa, A charge é um tipo de cartum “cujo objetivo é a crítica humorística de um fato ou acontecimento específico, em geral de natureza política”. (Rabaça e Barbosa, 1978: 89) De acordo com os autores do Dicionário de comunicação, uma boa charge deve procurar um assunto atual e ir direto onde estão centradas a atenção e o interesse do público leitor. RABAÇA (1978).
A construção da charge é também muitas vezes baseada na remissão a outros textos, verbais ou não. O que a torna singular é o modo perspicaz com que demonstra sua capacidade de congregar, num jogo de polifonia e ambivalência, o verso e o reverso do que tematiza.
Segundo Bakhtin:
O que caracteriza a polifonia é a oposição do autor como regente do grande coro de vozes que participam do processo dialógico. Mas esse regente é dotado de um ativismo especial, rege vozes que ele cria ou recria, mas deixa que se manifestem com autonomia e revelem no homem um outro “eu para si” infinito e inacabável. Trata-se de uma “mudança radical da posição do autor em relação às pessoas representadas, que de pessoas coisificadas se transformam em individualidades.
A polifonia se define pela convivência e pela interação, em um mesmo espaço do romance, de uma multiplicidade de vozes e consciências independentes e imiscíveis, vozes plenivalentes e consciências eqüipolentes, todas representantes de um determinado universo e marcadas pelas peculiaridades desse universo. Essas vozes e consciências não são objetos do discurso do autor, são sujeitos de seus próprios discursos. A consciência da personagem é a consciência do outro, não se objetifica, não se torna objeto da consciência do autor, não se fecha, está sempre aberta à interação com a minha e com outras consciências e só nessa interação revela e mantém sua individualidade. Essas vozes possuem independência excepcional na estrutura da obra, é como se soassem ao lado da palavra do autor, combinando-se com ela e com as vozes de outras personagens. (Bakhtin; 194 e 195)
Dessa maneira, o chargista – por meio do desenho e da língua – utiliza o humor para buscar o que está por trás dos fatos e personagens de que se trata. Ele afirma e nega ao mesmo tempo, obrigando o leitor a refletir sobre fatos e personagens do mundo atual, a interagir com uma intertextualidade.
Em relação à intertextualidade:
…a intertextualidade diz respeito aos modos como a produção e recepção de um texto dependem do conhecimento que se tenha de outros textos com os quais ele, de alguma forma, se relaciona. (KOCH, 2000).
As atividades do leitor e do escritor se intercambiam e o objeto texto, que resulta do tecido de significados tramado por ambos, se apresenta como um espaço em movimento, um móbile sempre aberto a diferentes configurações. Todo texto é, assim, um espaço de confluência de múltiplas vozes. (CAMPOS, 1997)
A charge é um tipo de texto atraente aos olhos do leitor; afinal, enquanto a imagem é de rápida leitura, transmitindo múltiplas informações de uma só vez. No entanto, o leitor do texto chárgico tem que estar bem informado acerca do tema abordado, para que possa compreender e captar seu teor crítico. Afinal, ali está focalizada e sintetizada uma certa realidade. E somente os que conhecem essa realidade efetivamente entendem a charge.
Segundo o artigo do site www.fabricarica.2it.com.br, por Stegun.
A charge relata um fato ocorrido em uma época definida, dentro de um determinado contexto cultural, econômico e social específico e que depende do conhecimento desses fatores para ser entendida. Fora desse contexto ela provavelmente perderá sua força comunicativa, portanto é perecível. Justamente por conta desta característica, a charge tem um papel importantíssimo como registro histórico. (fabricarica, 2005)
Fernando Moretti diz que:
As charges são temporais e a gente só pode vender naquele momento preciso. (Moretti, 2004).
Segundo Ernani Diniz Lucas em entrevista para Memória da imprensa carioca:
…a charge tem mais afinidade com os temas políticos e podem ter um sentido mais partidário, pode-se pinçar um ângulo diferente entre os partidos, entre os políticos que estão ligados ao poder ou à oposição. (Diniz, 2002)
http://www.filologia.org.br/ixcnlf/5/03.htm
 

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